terça-feira, 1 de junho de 2010

Linhas que sonham ou sonhando nas linhas?







Quando era garota e ainda brincava no quintal da vovó, desenhava linhas com giz em várias partes do terreiro e caminhava sobre elas. Muitos anos depois, agora professora da educação infantil, desenhando nos pátios da UMEI com as crianças, lembrei-me das linhas da minha meninice. Foi engraçado como me lembrei: ao pensar que podia ligar um bueiro a outro com uma linha traçada a giz e com isso criar uma estratégia poética de comunicação entre os dois pontos, pluguei na intimidade alguma coisa que nem sei o que é, mas que buscou IMEDIATAMENTE em mim uma lembrança que jamais imaginei que ressurgiria. Fiquei muito espantada de me lembrar de algo que parecia nem ter feito parte de minha história de tão empoeirado, esquecido, afastado(de certa maneira). Com isso tudo acontecendo e com uma lembrança tão preciosa chegando, convidei a garotada para traçar linhas e juntos sonharmos sobre elas.

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